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segunda-feira, 14 de abril de 2014

         Para início de conversa, o machismo. O machismo é empregado em nossa sociedade, ensinado e seguido há muito tempo. A família patriarcal - onde o patriarca, homem da família, quem mandava, comandava a família - ainda é vista nos dias atuais, algumas gerações ainda aderem essa forma de controle familiar. Enfim, o machismo tratado aqui é muito pior, além de inferiorizar a mulher, é capaz de constranger e abalar. É o machismo acoplado ao trote.
         Trotes são comuns nas universidades, proibidos, porém comuns. Vão de trotes mais "leves" como pintar o rosto e o corpo à trotes mais "pesados", como pasta de dente no ânus. Há quem considera um ato engraçado e divertido e há quem enxerga o quão Ridículo é, felizmente me enquadro no segundo grupo. Diferente das outras postagens minhas, as quais eram feitas em forma de dissertação, essa, levarei para o pessoal. Como experiência minha, ainda que breve, passei por trotes também, não fiz ao menos um mês de graduação, mas em apenas duas festas que frequentei, numa república, levei alguns trotes, considerados leves, mas que me fizeram sentir bastante humilhada e envergonhada. Confesso que isso contribuiu bastante para minha desistência do curso.
        Os trotes são atos praticados para diversão dos ''veteranos'', alunos que estão anos a frente de você (calouro) na faculdade, sentem-se no direito e dever de "zoar" os calouros, brincar com eles, como se fossem um objeto e propriedade dos Senhores mais Velhos. As supostas brincadeiras variam entre: "leves, médias e pesadas". As "leves" seriam, pintar o rosto, comer cebola, alho, se jogar no chão, servir esses "veteranos", obedece-los, ajoelhar, beber pinga, levar banho de cerveja. Os "médios" seriam como a mastiguinha, prática essa realizada em roda ou fila em que um alimento, ou qualquer outra coisa, é mastigada por todos os calouros e aquele que está por último é obrigado a engolir. Os pesados eu enquadro o pascu, realizados em calouros homens, mais frequentemente, consiste em passar pasta de dente no ânus, e também simulações de atos sexuais. Que fique claro a divisão sob a minha concepção.
         Afinal, o trote tem limite? Se existe um limite aos trotes, esse limite é desconhecido. Principalmente quando há casos como de ESTUPRO, onde os nojentos veteranos ''sequestram'' os calouros, em sua maior parte as calouras, levam até as Repúblicas, enchem elas de pinga e quando estão inconscientes, incapazes, se aproveitam sexualmente dessas! Sinceramente, isso me causa REPULSA, NOJO e REVOLTA. Talvez por medo essas meninas não são capazes de denunciar o Estuprador, ou talvez porque não querem mais repercussão do seu caso nas mídias. Enfim, MERECE SIM SER DIVULGADO TODA ESSA NOJEIRA. Trote não é legal, ESTUPRO é crime, é violência ! E quem o comete deveria estar lá na cadeia, pagando por seu ato, e não solto por ai podendo cometer mais disso, com outras ou outros calouros.
        Que fique registrado aqui a falta de respeito que esses Veteranos tem tido a cada ano, e como isso tem aumentado. NÃO AO TROTE, NÃO AO MACHISMO, NÃO À VOCÊS que o praticam tão violentamente!

GB