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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Direitos Humanos para Humanos

     Criminalidade, punição e os direitos humanos. Como pode haver a punição da criminalidade sem ferir os direitos humanos, mais precisamente, dos presidiários? Atualmente, é assustador o número de presídios no Brasil e com esse número, cresce também a precariedade dos mesmos e a superlotação. O aumento da criminalidade e o inchaço de pessoas nos presídios refletem na sociedade, uma vez que, essa, sente-se desprotegida e se dá o direito de justiça. No ponto de vista da punição, enjaular pessoas e excluí-las da sociedade para reintegrá-las depois de um tempo, é a melhor opção?
     O inchaço dos presídios se dá pelo aumento da criminalidade e pela má formulação e aplicação das penas, fazendo com que pessoas que cometem crimes consideravelmente leves, peguem penas absurdas, ficando por mais tempo nesses lugares, enquanto outras, que cometem crimes mais graves, acabam com penas menores e saem antes, ou contribuem também com essa vida no presídio num maior período.
     A população, diante do aumento da criminalidade, sente-se desprotegida, e as mídias mostram à essa população apenas o trabalho falho da polícia, a postura fraca, mas, acrescida de violência e do abuso de poder. A população vê bandidos e criminosos soltos, contribuindo com o aumento da criminalidade e não vê lugar para essas pessoas serem presas. Então, como resposta, essa população se dá o direito de justiça, e explana o pensamento de: '' JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS'' , já que a segurança diante de seu olhar não existe.
     O sistema de punição brasileiro age de maneira que ''tira o mal da sociedade, tenta arruma-lo e devolve à sociedade'', dessa forma, enjaula um criminoso, o deixa um tempo excluído da sociedade e acredita que dessa maneira o indivíduo está pronto para retornar, sem nenhum acompanhamento psicológico, com direitos humanos quase nulos, sem lugar adequado para dormir, com falta de comida, falta de interação, falta de infraestrutura e de aplicação econômica para melhoramento dos presídios.
      Portanto, com o apoio governamental, reformulação das penas, classificando os crimes, em: leves, médios e graves, e aplicando essa divisão nas selas dentro dos presídios, auxiliaria na diminuição da superlotação. Aplicação de um novo treinamento para policiais, com foco na segurança e não na violência, foco nos direitos humanos e não na arma, aumentaria a confiança da população na segurança do brasileiro. Um novo sistema dentro dos presídios prepararia o presidiário para uma nova integração na sociedade, junto com acompanhamento psicológico, dinâmicas, comunicação e socialização, gerando esperanças de futuro para o indivíduo. Tais mudanças, refletiriam na sociedade e nos números de maneira positiva. Os direitos humanos seriam direcionados e aplicados à todos que compõe essa humanidade na sociedade brasileira.

gb.